Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho são um problema mundial. Na Europa, as lesões musculoesqueléticas representam até 40% das ações trabalhistas e são responsáveis por uma perda de 1,6% no PIB. A ergonomia é uma das soluções para esse problema, e por isto muitas empresas em todo o mundo utilizam os conceitos ergonômicos em seus processos produtivos. No entanto, é um grande desafio desenvolver trabalhos de ergonomia em empresas na América Latina. No caso do Brasil, a ergonomia é obrigatória devido às exigências normativas, como da Norma regulamentadora NR-17 do Ministério do Trabalho e Emprego. Além das questões normativas, há que se considerar certos aspectos fundamentais do ambiente de trabalho, como cultura corporativa e a visão do processo produtivo desde o início até o produto acabado. A abordagem macroergonômica pode ser a “chave” para esta visão mais holística do processo produtivo. O benefício da abordagem macroergonômica já está comprovado na literatura científica, na forma como foi proposto há anos por Hendrick e Kleiner. Uma abordagem macroergonômica envolve a análise e o projeto de processos de trabalho, bem como os elementos organizacionais que levam à eficácia e segurança na empresa, através de uma análise do sistema como um todo.
A perspectiva macroergonômica na gestão dos riscos ergonômicos, facilita a implementação das melhorias ergonômicas, uma vez que esta metodologia estimula o envolvimento de uma equipe multidisciplinar na identificação e gestão de riscos ergonômicos, e o desenvolvimento de soluções ergonômicas práticas de uma forma sistemática. A macroergonomia foi o fundamento desta tese de doutorado e demonstrou que é possível aplicá-la no Brasil e em qualquer empresa no mundo. Uma equipe multidisciplinar deve ser envolvida na identificação e gestão dos riscos ergonômicos, e no desenvolvimento de soluções ergonômicas práticas de uma forma sistemática.
Este livro está organizado da seguinte forma:
CAPÍTULO 1
Apresenta um panorama da literatura, potencial de uma abordagem macroergonômica e da ergonomia participativa. Traz conceitos importantes de ergonomia, como a maturidade ergonômica.
CAPÍTULO 2
Examina os riscos ergonômicos e alerta para que tais riscos não sejam incluídos nos grupos homogêneos de exposição (GHE). Também traz uma pesquisa que demonstra a falta de entendimento comum, sobre o tópico GHE e ergonomia e a falta de consenso dentre os profissionais da área saúde, segurança e meio ambiente.
CAPÍTULO 3
Aborda a gestão da ergonomia e demonstra a importância do envolvimento da gerência e de outros representantes da empresa no comitê de ergonomia. Também propõe novas abordagens que integram o trabalhador e diversas áreas da empresa envolvidas no trabalho, de modo a garantir o sucesso da implementação dos programas de ergonomia.
CAPÍTULO 4
Demonstra que funcionários que realizam uma mesma tarefa podem adotar posturas e formas de trabalho diferentes. Tais diferenças podem ter impacto positivo ou negativo nos riscos ergonômicos, o que pode comprometer a saúde do trabalhador e a qualidade do processo produtivo. Por isso, é importante estudar o comportamento individual durante o trabalho e não somente implementar melhorias gerais.
CAPÍTULO 5
Apresenta soluções ergonômicas bem-sucedidas, usando ergonomia participativa para eliminar e evitar lesões musculoesqueléticas. Este capítulo também defende que o programa esteja ligado a outras iniciativas da empresa, como Lean Manufacturing, que é uma característica da abordagem macroergonômica.
CAPÍTULO 6
Traz uma avaliação global desta tese de PhD, cuja pergunta de pesquisa refere-se aos desafios enfrentados ao se lidar, na prática, com os riscos ergonômicos em diferentes ambientes industriais. Esse capítulo também demonstra que abordagens de mais de 20 anos, chamadas macroergonomia e ergonomia participativa, ainda são válidas.
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